sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Amiga conta como ex-jogador matou sua mulher com 18 facadas

Edílson Rodrigues dos Santos é suspeito de assassinar sua companheira.
O julgamento acontece no Tribunal do Júri Popular, Centro de Teresina.


Irmã da vítima foi a primeira a ser ouvida pelo juiz Antonio Noleto (Foto: Gilcilene Araújo)Irmã da vítima foi a primeira a ser ouvida pelo juiz Antonio Noleto (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
O julgamento do ex-jogador e árbitro de Futebol Edílson Rodrigues dos Santos iniciou nesta sexta-feira (30). Ele é suspeito de matar com 18 facadas sua mulher Leoneide Ferreira. Ela morreu após passar 90 dias internada em um hospital de Teresina. O julgamento acontece no Tribunal do Júri Popular, no Centro da capital.
A irmã da vítima Lesoneide Ferreira foi a primeira pessoa a ser ouvida no julgamento. Por ter grau de parentesco, ela prestou depoimento como informante. Em sua fala, Lesoneide afirmou ao presidente do júri, juiz Antonio Noleto, que o Edílson Rodrigues dos Santos era um homem bastante ciumento e por diversas vezes proibiu sua irmã de frequentar a casa dos pais e manter contato com familiares e amigos.

“Ele quebrou todos os celulares de casa para evitar que ela tivesse qualquer relacionamento com outras pessoas. Falar com parentes e amigos era coisa impossível de acontecer porque ele tinha um ciúme doentio”, disse Lesoneide.
A segunda a ser ouvida foi Eva Vilma Fonseca. Ela é amiga da vítima e presenciou o assassinato. Durante seu depoimento, a testemunha narrou com detalhes como o crime aconteceu.
“Fomos ao salão de beleza e quando passávamos pelo portão da minha casa, ele chegou e desferiu várias facadas nas costas da Leoneide. O Edilson estava escondido no muro. Ela não teve tempo nem de reagir”, relatou Vilma, emocionada.
Eva disse ainda que tentou pedir socorro, mas foi impedida porque o suspeito acertou uma facada em sua mão esquerda. “Quando eu tentei passar pelo portão para pedir ajuda, ele me atingiu com uma facada. Ele estava esfaqueando ela no portão. Sem chances de defesa, minha amiga caiu e Edílson subiu em cima dela e não parava a mão”, conta.
 Familiares acompanham o julgamento (Foto: Gilcilene Araújo/G1) Familiares acompanham o julgamento (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
Para o promotor João Malato, o crime foi premeditado uma vez que o acusado teria mandado confeccionar camisas com a foto da vítima antes do crime. Eva Vilma confirmou essa informação durante o depoimento.
“Edilson foi em minha casa cerca de um ano antes do crime acontecer. Quando ele chegou estava com um álbum e pediu para eu escolher uma foto da Leoneide, pois ele iria mandar fazer uma camisa tamanho P com a foto que eu mais gostasse. Eu me recusei”, explicou.
Segundo o cunhado da vítima Haroldo Santos, não há previsão para o término do julgamento, pois além de Lesoneide e Eva Vilma, outras sete pessoas ainda serão ouvidas, sendo quatro de defesa e cinco de acusação.
Por se tratar de um júri popular, os sete jurados convocados decidirão o destino do suspeito.
Entenda o caso
O crime ocorreu no dia 1 de setembro de 2009 no bairro Porto alegre, Zona Sul de Teresina. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, no momento do crime, a vítima entrava em casa acompanhada de uma amiga quando foi atacada pelas costas por seu ex-marido.
Após cometer o homicídio, o suspeito teria fugido para o estado de São Paulo, onde viveu como árbitro de futebol durante três anos.
Procurado pela Justiça, Edílson Rodrigues foi encontrado pela polícia em julho deste ano e conduzido para um presídio de Teresina.
g1 piaui

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